O Festival Obon (que seria na verdade nosso Feriado de Finados) compreende 3 dias em homenagem aos antepassados, de 13 a 15 de agosto, ou de 13 a 15 de julho, variando de acordo com a região do Japão. Nos últimos anos, as comemorações têm predominado em agosto, para coincidir com o período das férias de verão.
Nas residências, as crianças acendem incensos e brincam animadas, enquanto os mais velhos mostram um respeito maior e se reúnem para fazer oferendas, com flores, água e flores de lótus, frente a um altar (montado nas residências, chamado de butsudan) cheio de comida, para que os antepassados se sintam em casa durante esses dias.
Além das orações nos templos e altares familiares, muitas lanternas (chouchin) são acesas para guiar os espíritos em seu retorno para casa, e é por isso que também é chamado de Festival das Lanternas. Por todo o Japão, ao anoitecer promove-se o Bon Odori, a dança para confortar e entreter os seus ancestrais. Terminada a estação do Bon, acredita-se, os espíritos retornam para os seus lugares.
Lanternas de Papel (Chouchin)
Além da dança folclória, o Toro Nagashi — lançamento de lanternas de papel (chouchin) em rios para iluminar o caminho de retorno para as almas — é cerimônia marcante do Festival Obon.
A chouchin é feita de armação de bambu (de formato variado) coberta de papel ou de seda. Originalmente, era uma espécie de lanterna em que se colocava uma vela acesa em seu interior e era carregada na mão quando se saía à noite.
Nos dias de hoje, devidamente adaptados às lâmpadas elétricas, as chouchin são largamente usadas em ocasiões festivas.
No Brasil
O Bon Odori tornou-se uma dança típica nas festas da comunidade nipo-brasileira, gerando até mesmo comemorações derivadas, com destaque para o Matsuri Dance, que encanta cada vez mais os jovens do Paraná.